Luzes no céu russo!

Por Anisio Lasievicz

O mundo aguardava pela passagem do asteroide 2012DA14 quase que “de raspão” à Terra no dia 15 de fevereiro – mais precisamente às 17:24h no horário de Brasília, quando foi surpreendido por outro visitante previsto, mas não esperava-se que causasse tanto transtorno. Às 09:20h (horário local, cerca de 01:20h no Brasil) um fragmento incandescente de rocha e ferro de 10 toneladas explode no céu da Rússia, liberando uma energia equivalente a 500 toneladas de TNT, suficiente para, aparentemente, brilhar mais que o Sol por alguns momentos e, indiretamente, ferindo mais de 1000 pessoas, principalmente pelos estilhaços de vidro das janelas que quebraram com a onda de choque.





Fragmentos deste objeto caíram na região do Lago Chebarkul, em Chelyabinsk, formando uma cratera no lago com aproximadamente 8m de diâmetro. Este objeto, mais comum do que se imagina, é chamado de meteorito. Todos os anos a Terra recebe mais de 10 mil toneladas de matéria devido à queda de fragmentos rochosos e metálicos. Mas como isso acontece?

Os asteroides (do grego semelhante à estrela) são o resto da formação do sistema solar, composto essencialmente de rochas e metais. Possuem um tamanho que varia desde um grão de areia, de um carro ou de um país. Tais objetos vagam pelo espaço em órbitas que podem ser perturbadas por outros corpos e, principalmente, pelos planetas, o que ocasionalmente os coloca em rota de colisão com outro objeto e, em particular, com a Terra. 

Diariamente, milhares de fragmentos entram em nossa atmosfera mas, devido ao forte atrito com o ar, desintegram-se sem vestígio ou, quando são um pouco maiores deixam um rastro de luz (as populares estrelas cadentes) ou chegar até o solo. Cada fase recebe um nome característico. Os asteroides em rota de colisão com nosso planeta são chamados de meteoroides, quando entram em nossa atmosfera e torna-se visível devido ao aquecimento, chamamos de meteoro e, caso ele chegue ao solo, de meteorito.

O evento ocorrido foi o maior desde 1908, quando um meteoro de aproximadamente 100 metros (10 vezes maior) atingiu a região de Tunguska (também na Rússia), devastando uma área de 2.000km2. Estima-se também, que a 65 milhões de anos um asteroide com mais de 10km de diâmetro colidiu com a Terra na região da península de Yucatan (México), extinguindo diversos grupos de animais e plantas e, em particular, os dinossauros.

Cerca de 300 asteroides são monitorados constantemente, pois podem apresentar riscos à Terra devido à sua rota, tamanho e velocidade.

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  1. Cerca de 300 asteroides são monitorados constantemente, pois podem apresentar riscos à Terra devido à sua rota, tamanho e velocidade.

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