Césare Mansueto Giulio Lattes!

Por Elisiane Campos de Oliveira Albrecht


Você provavelmente não deve ter reconhecido o nome que está no titulo deste texto, porém o dono dele foi muito importante para a Física brasileira ou, melhor ainda, para Física mundial. Cesar Lattes descobriu, junto com outros cientistas, a partícula subatômica méson pi. Esta descoberta foi importante para a compressão do mundo subatômico.

Lattes nasceu em Curitiba no dia 11 de junho de 1924. Fez parte de seus estudos nesta cidade, formando-se em Matemática e Física na Universidade de São Paulo. Com apenas 23 anos de idade, entrou no cenário mundial da Física, com a participação da descoberta do mesón pi em 1947, impulsionando a Física de Partículas. Até então muito se falava das partículas indivisíveis, que a matéria era formada por átomos, a parte indivisível da matéria. Com a descoberta do grupo de Cesar Lattes as portas para um novo mundo foram abertas. Existiam teorias que previam a existência de partículas além daquelas que se conheciam como cargas elementares, porém estas não haviam sido detectadas até então.

Em 1937 Carl D. Anderson e Seth H. Neddermeyer encontraram na “radiação cósmica” os sinais de algo que parecia ser a partícula prevista na teoria de Yukawa. Ele acreditava que era necessário existir uma partícula maior que elétron, que poderia ser absorvida por prótons e nêutrons, e com isso poderia haver uma explicação para as forças nucleares existentes entre estas partículas. No entanto, em 1947 descobriu-se que a partícula de Anderson e Neddermeyer não tinha o comportamento previsto pela teoria. É aí que temos a entrada do grupo de Cesar Lattes. Eles conseguiram verificar em seus experimentos a existência de outra partícula. E com isso temos a abertura para novas descobertas. Depois da observação destas partículas, foram possíveis novas teorias e, consequentemente, um novo ramo na física: o das partículas subatômicas. Mais do que análise de uma partícula, estes experimentos possibilitaram uma revisão dos conceitos físicos da matéria.


Além da contribuição mundial de Cesar Lattes os brasileiros também tiveram outra contribuição, com a ajuda de outros pesquisadores criaram o Centro Brasileiro de Pesquisas Física (CBPF). 

Cesar Lattes morreu em 2005 vítima de parada cardíaca, deixando um legado imenso na historia da física nuclear.


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