O USO DE VÍRUS NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


Rafael Vitorino De Oliveira

Com o aumento considerável do consumo de energia elétrica pelo homem, é preciso encontrar fontes alternativas que possam suprir essa nova necessidade e não causar impactos ao meio ambiente.

Legenda: Figura 01 – Ilustração de Thomas Fuchs
Fonte: www.ifsc.usp.br
Pense em energia elétrica, faça relações com isso; provavelmente você tenha relacionado, celular, novela, computador, luz, conta, água quente, etc... Mas, você imaginou em um vírus? É sim um vírus: esses seres infectantes que conhecemos e tememos. Seres estes que ainda não se tem uma definição como sendo seres vivos ou não. Vamos entender um pouco melhor o uso de vírus para geração de energia elétrica.

Os vírus não são vistos com bons olhos em nossa sociedade, devido a carga cultural de doenças e mortes relacionada com infecções provocadas por eles. Agora vamos falar sobre bacteriófagos, são agentes infecciosos que infectam bactérias. Existem vários bacteriófagos, porém, vamos falar do M-13, que foi utilizado por pesquisadores do laboratório Nacional Lawrence Berkeley (LBL) para criar um equipamento ainda que rudimentar capaz de gerar energia elétrica.

Trata-se de um dispositivo pioneiro na produção de energia elétrica a partir de propriedades piezoelétricas de materiais biológicos. A piezoeletricidade é a capacidade que um sólido tem de acumular cargas de energia elétrica como resposta a pressão mecânica. O que acontece é que a estrutura reticular do material se deforma com a pressão aplicada polarizando-a e criando um campo elétrico.

Resumindo, quando pressionamos o material com o vírus, eles soltam elétrons para o sistema ao qual ele esta conectado. No LBL os pesquisadores liderados pelo professor Seung-Wuk Lee produziram corrente elétrica suficiente para fazer aparecer o número 1 em uma tela de cristal líquido. Como os vírus são facilmente manipulados geneticamente e se replicam aos milhões em poucas horas, acredita-se que o abastecimento de energia seria seguro e permanente.

A ideia basicamente destes estudos é desenvolver conhecimento na área de biodispositivos abrangendo novas opções de materiais e dispositivos para mais campos de aplicações. Imaginem que com esta tecnologia, poderíamos reabastecer celulares, dispositivos eletrônicos em geral simplesmente realizando tarefas domésticas cotidianas, como caminhar, uma vez que seria possível instalar os tais filmes de vírus na sola do sapato.

Pensando também em um aplicação maior como ter sob o asfalto e calçadas movimentadas tal tecnologia levando a produção de energia para abastecer semáforos, por exemplo, sem contar as atuais aplicações para materiais piezoelétricos como osciladores (fazendo o contrário, inserindo energia para ter como resposta a deformação), utilização como detetores de som ou pressão, ultrassonografia médica, microbalanças, produção de faíscas em ascendedores, detetores de ondas em radares ultrassensíveis, enfim, com aplicações limitadas apenas pela imaginação.


REFERÊNCIAS

INE – Instituto Nacional de Energia Orgânica. Acesso em: 2014. Disponível em: http://www.ifsc.usp.br/~ineo/news/index.php?pos_id=187Alimente o Cérebro. Acesso em: 2014. Disponível em: http://alimenteocerebro.com/usando-virus-para-gerar-energia-eletrica/

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