EXPERIÊNCIAS DE “ENCONTROS COM DEUS” PROPORCIONAM BENEFÍCIOS À SAÚDE MENTAL

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Pesquisa publicada recentemente pela PloS ONE sugere que experiências pessoais de “encontros com Deus” ou de “realidade última” ocasionam, ainda que décadas após a experiência inicial, mudanças positivas na saúde psicológica, como, por exemplo, satisfação e propósito de vida.

O estudo, conduzido por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, compreendeu, em uma de suas etapas, uma pesquisa com milhares de pessoas que relataram encontros espirituais com divindades ou congêneres. Segundo os especialistas, esse estudo é o primeiro a comparar sistematicamente experiências espontâneas daquelas provocadas por substâncias psicodélicas.

“Experiências descritas como encontros com Deus foram relatadas por milhares de anos e, provavelmente, formam a base de muitas religiões do mundo. [...] E, embora a medicina ocidental moderna não considere experiências ´espirituais´ como terapêutica, nossas descobertas sugerem que esses ´encontros´ ocasionam melhorias na saúde mental”, afirma o Dr. Roland Griffiths, professor de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da Universidade Johns Hopkins.

A pesquisa contou com dados de 4.285 pessoas em todo o mundo. Cerca de 75% dos entrevistados classificaram essas experiências como as mais significativas de suas vidas, além de atribuírem a elas mudanças psicológicas positivas. Outro resultado instigante é que, independente do uso de psicodélicos, mais de dois terços dos pesquisados deixaram de ser ateus depois da experiência.

Griffiths alerta, entretanto, que a pesquisa examina experiências pessoais. Portanto, o estudo não se refere, em nenhuma hipótese, à “existência ou inexistência de Deus”. O pesquisador afirma ainda que sua equipe gostaria de verificar os fatores de predisposição e a atividade cerebral ocorrida nessas experiências.

Quer saber mais? Acesse:

Science Daily – matéria publicada segundo informações da John Hopkins Medicine.

https://www.sciencedaily.com/releases/2019/04/190423145511.htm

PLOS ONE – acesso ao artigo publicado por R.R Griffiths et. al.

https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0214377

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