SEXTA DO HUBBLE: ERA SÓ UMA REGIÃO VAZIA DO ESPAÇO... SQN!

Campo profundo do Hubble. Crédito: Robert Williams e Hubble Deep Field Team (STScI) e NASA

Seja você um entusiasta da Astronomia ou não, certamente você já viu alguma imagem do universo produzida pelo Telescópio Espacial Hubble. Seu nome é uma homenagem ao astrônomo americano Edwin Powell Hubble (1889 – 1953), famoso pela descoberta de que objetos nomeados como nebulosas eram, na verdade, outras galáxias e que elas se afastam umas das outras (ou seja, que o universo se expande) com velocidade proporcional à distância que as separa.

Lançado em 1990, ele foi o responsável por algumas das mais lindas e impressionantes imagens de planetas, galáxias, aglomerados estelares, nebulosas, entre outros objetos. O objetivo da missão era fotografar estruturas do universo sem as interferências da atmosfera que, além de produzir distorções, absorve determinados tipos de radiação, reduzindo assim, a quantidade luz e, consequentemente, de dados coletados.

Semanalmente, traremos aqui uma imagem produzida pelo Hubble, bem como algumas características e curiosidades do(s) objeto(s) observado(s)!

A imagem que inaugura essa seção é uma das mais importantes da Astronomia, e uma das que enxergamos mais longe no tempo: O Hubble Deep Field (Campo Profundo do Hubble).

Em 1995, o Telescópio Hubble foi apontado para uma região na constelação da Ursa Maior, onde supostamente, não havia nada. Durante 10 dias o Hubble fez uma foto de longa exposição de 1 milhão de segundos. Para surpresa dos astrônomos, o telescópio capturou a fraca luz de 1.500 Galáxias que jamais haviam sido detectadas!

É importante frisar que não foi um “chute”. A região foi escolhida devido à inexistência de objetos que pudessem atrapalhar a observação (nuvens de gás ou poeira, outras estrelas), constituindo uma espécie de “janela” para o universo.

A maioria das galáxias que você vê na imagem está há cerca de 13 bilhões de anos-luz da Terra, ou seja, a luz captada em 1995 viajou durante 13 bilhões de anos até chegar aos sensores do equipamento e, consequentemente, até nós. Isto faz com que a imagem produzida por essa luz represente as galáxias como elas eram há 13 bilhões de anos - apenas cerca de 700 milhões de anos após a origem do universo!

O Deep Field do Hubble foi um marco, tanto para a Astronomia quanto para Ciência como um todo, abrindo precedentes para novas observações semelhantes, como o Ultra Deep Field entre 2003 e 2004 ou de 2014, que forneceram imagens de objetos ainda mais distantes!

Na próxima semana, mais uma imagem do Hubble!

Mais informações: www.hubblesite.org
Crédito: Robert Williams e Hubble Deep Field Team (STScI) e NASA

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