Desenvolvimento sustentável - recessão

Por Anelissa Carinne dos Santos Silva

A economia global enfrenta uma das piores crises de sua história. A recente recessão econômica mostra que governos e empresas não estão preparados para ameaças externas às suas economias o que culmina com a diminuição de empréstimos, pois as instituições não têm garantia de capital.

“Daí, iniciou-se o "círculo vicioso": sem crédito, não há produção, demitem-se os empregados, cai o consumo, o que resulta em nova retração das atividades econômicas.” (RATTNER, 2009). Há a crescente pressão para que haja investimento dos governos e que estes defendam os direitos dos trabalhadores frente às grandes empresas que objetivam o lucro independentemente dos impactos socioambientais.

Rattner (2009) nos lembra os principais impactos gerados por esta busca desenfreada por capital, listados pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente):

  • Aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera;
  • Crescente escassez de água potável;
  • Degradação dos solos;
  • Desmatamento contínuo;
  • Aumento do consumo de bens, os quais geram resíduos tóxicos;
  • Condições de saneamento nulas em muitas regiões;
  • Desigualdade social.


As empresas solicitam investimento do poder público, para expandir seu capital e gerar empregos. Mas quem realmente sustenta este desenvolvimento?

Figura 1. Desenvolvimento sustentável. Fonte: Instituto de Formação e Ação em Políticas Sociais.
Para explicar questões ambientais, não podemos observá-las somente pelo ponto de vista da Ecologia. “Faz-se necessário considerar os aspectos políticos, sociais, ecológicos, culturais e outros para que se obtenha uma visão global do problema e das suas alternativas de soluções” (DIAS, 2004, p. 07).

Com o aumento dos problemas ambientais, diminui-se a qualidade de vida.

Para alterar este cenário degradante, “é necessário construir uma racionalidade social e produtiva que, reconhecendo o limite, como condição de sustentabilidade, funde a produção nos potenciais da natureza e da cultura” (LEFF, 2001, p. 28).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIAS, G. F. Ecopercepção: um resultado didático dos desafios socioambientais. SP: Gaia, 2004.

LEFF, H. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

RATTNER, H. Meio ambiente, saúde e desenvolvimento sustentável. Revista Ciências & Saúde Coletiva, vol. 14, no. 06. RJ, Dez 2009.

RIO + 20. Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: <http://www.rio20.gov.br/clientes/rio20/rio20/sobre_a_rio_mais_20/desenvolvimento-sustentavel.html> Acessado em: Out. 2013. 


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