Senhores do Mesozóico: Maxakalissauro!

Por Marcelo Domingos Leal


O Maxakalisaurus topai ou dinossauro maxakali, é uma espécie de dinossauro saurópode, que teve vários fragmentos ósseos achados na Cidade de Prata em Minas Gerais, na Bacia Bauru, formação Adamantina. O nome é uma homenagem à tribo Maxakali, que vive na região onde a ossada foi encontrada, e topai em referência a um de seus deuses. 

Estes fragmentos indicam que o animal em questão era um dinossauro jovem, e que foi morto por dinossauros terápodes (carnívoros), tendo ainda sua carcaça provavelmente atacada por crocodilos e até tartarugas, dada as marcas encontradas nos ossos. Seus restos demonstram sinais de pisoteio e exposição ao tempo (fissuras e rachaduras), tendo ficado a deriva por messes no clima semi-árido da região. Grande parte desse esqueleto consiste em vértebras cervicais e dorsais, contendo também costelas que foram encontradas parcialmente articuladas. Para extraí-lo da terra, foram necessários quatro anos de trabalho: de 1998 a 2002.

Era um dinossauro de proporções até pequenas se comparado a outras espécies mais conhecidas, com cerca de 13 m de comprimento, chegando a 9 toneladas de massa. Seus hábitos alimentares incluiam a ingestão de folhas e raízes, sendo então um dinossauro herbívoro ou pastador. Como todos os outros dinossauros, o Maxakalissaurus viveu na Era Mesozóica, mas em um período chamado de Cretáceo Superior, entre 100 e 65 milhões de anos atrás.

O trabalho que descreveu a espécie foi lançado à comunidade científica em 2006 pelos paleontólogos Kellner, Campos, Azevedo, Henrique, Craik, Silva e Trotta. 


PARA SABER MAIS:


Livro O Guia Completo dos Dinossauros do Brasil – Luiz E. Anelli.




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