BREVE HISTÓRICO MUNDIAL

É provável que alguns desses vírus tenham origem comum aos existentes em certas espécies de símios. “O parentesco entre os HIV’s e os SIV’s sugere a hipótese de uma infecção interespecífica recente, com adaptação das cepas símias ao homem. Tal hipótese explica, de modo bastante satisfatório, a maioria dos fatos conhecidos que diz respeito ao HIV-2 e seus laços genéticos com o vírus dos mangábeis africanos”, completa Mirko Grmek.
Existem duas hipóteses mais aceitáveis para explicar a repentina pandemia, de acordo com o professor:
- O vírus tenha passado dos macacos para os seres humanos devido aos hábitos de vida de certos povos africanos;
- A atual epidemia resultaria da aliança entre os vírus africano humano e o americano, “selecionados pelo uso de antibióticos”.
Os primeiros casos de AIDS são observados na América do Norte em 1977 porém, a nova síndrome é classificada somente em 1982. Em 1995, o número de infectados chegou a 20 milhões de pessoas.
BREVE HISTÓRICO NO BRASIL
O primeiro caso da doença é observado no Brasil em 1980 e, em 1983, é registrado o primeiro caso em pessoa do sexo feminino. No ano seguinte, instala-se um programa de controle da doença no Brasil.
Em 1985 é criada a Fundação do Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS (GAPA), primeira ONG do Brasil e da América Latina na luta contra esta doença. Neste ano também é criado um programa federal de controle da síndrome.
Em 1987 os casos notificados chegam a 2775 e, curiosamente no ano seguinte, é diagnosticado o primeiro caso de contaminação em pessoa de etnia indígena. Em 1989, são 6295 casos notificados, dois anos depois, 11805 casos, e desde o início da epidemia até 2010, são notificados 592.914 casos de AIDS no país.
A BUSCA PELA VACINA
Em 2011 a Espanha anunciou 90% de resposta imunológica positiva em voluntários que usaram a vacina MVA-B contra o vírus da AIDS. Após testes eficientes em outras espécies animais, a nova vacina francesa contra a AIDS começou este ano a ser testada em um grupo de 48 voluntários em um hospital de Marselha.
Em terras tupiniquins, pretende-se que os testes de outra vacina em macacos durem 2 anos. De acordo com a Agência FAPESP, os primeiros resultados da vacina brasileira mostram uma diminuição de 50 vezes a quantidade de animais infectados após a vacina inicial. Espera-se, com o avanço da pesquisa, uma vacina que impeça a transmissão do vírus.
ATENÇÃO!
Apesar de inúmeros testes em busca de uma vacina eficaz contra a síndrome, a Agência Francesa de Pesquisa contra a AIDS lembra que, na melhor das hipóteses, os soropositivos poderão “controlar o vírus, mas não ficar livre dele”.
E, de acordo com Dirceu Greco, “a existência de uma vacina não é sinônimo de disponibilidade mundial para todos que dela necessitem. O que pode ocorrer é que esta hipotética vacina contra AIDS não seja distribuída de maneira equânime e não esteja disponível em áreas de alto risco: populações da África, América Latina, Ásia, além das minorias em países industrializados”.
SAIBA MAIS
REFERÊNCIAS
http://www.aids.gov.br/pagina/historia-da-aids
http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=4868&sid=9
http://books.scielo.org/id/p5z3b/pdf/veras-9788575412633-05.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ea/v9n24/v9n24a11.pdf
http://cib.org.br/em-dia-com-a-ciencia/noticias/vacina-anti-hiv-geneticamente-modificada-tem-90-de-sucesso/
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