DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL II – CRISE AMBIENTAL

Por: Anelissa Carinne Dos Santos Silva

Encarar os recursos naturais como mercadoria apenas aumenta os riscos sobre o ambiente, diminuindo também a nossa qualidade de vida.

Um exemplo são os vazamentos de petróleo. De acordo com Gorbachev (2003), alguns proprietários de superpetroleiros, para diminuir os custos de transporte e aumentar a competitividade, registram seus barcos em paraísos fiscais e contratam mão de obra inexperiente e barata. Tal situação apenas soma-se aos riscos preexistentes para a ocorrência de catástrofes ambientais. “Entre 1970 e 1980 estatísticas oficiais registraram a média anual de cem vazamentos de óleo superiores a mil barris” (GORBACHEV, 2003. p. 12)

Figura 01: Vazamento de Petróleo. Fonte: Greenpeace

Há a necessidade de implantar normas adequadas para combater acidentes como estes, além de maior comprometimento ambiental a nível global, não aceitando impunidade de empresas em nome da economia. “O planeta está cada vez mais complexo e interdependente, e nenhum país ou líder pode impor seus pontos de vista e concepção de mundo. O desenvolvimento sustentável é plural e diversificado, e as alternativas são possíveis” (GORBACHEV, 2003, p. 18).

LEFF (2001) nos lembra que nosso consumo deve se orientar nos potenciais da natureza e da cultura. Não devemos encarar a natureza e a vida como meros produtos/bens de consumo. O analfabetismo ambiental deve ser combatido por toda a sociedade. Mas, como Gorbachev (2003, p. 25) observa, “sem combater a pobreza serão inúteis também todas as medidas ecológicas”.

Figura 02: Valores Invertidos. Fonte: Ronaud.com

Para mitigar os impactos socioambientais, podemos seguir as orientações de DIAS (2004) e LEFF (2001):
Respeitar a si mesmo;
Respeitar ao próximo;
Responsabilizar-se pelas próprias ações;
Reduzir o consumo;
Reutilizar materiais sempre que possível;
Reciclar e preciclar;
Reeducar-se em relação às questões socioambientais;
Preservar a diversidade biológica do planeta;
Preservar o patrimônio cultural dos povos;
Ajudar na melhor distribuição de riquezas, rendas e poderes;
Apoiar meios pacíficos de diminuição de conflitos ambientais.

Afinal, a crise ambiental “não é uma catástrofe ecológica, mas o efeito do pensamento com o qual construímos e destruímos o nosso mundo” (LEFF, 2001, p. 416).


REFERÊNCIAS


DIAS, G. F. Ecopercepção: um resultado didático dos desafios socioambientais. SP: Gaia, 2004.

GORBACHEV, M. Meu Manifesto pela Terra. SP: Planeta, 2003.

LEFF, H. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

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