ANIMAIS DA MATA ATLÂNTICA SÃO OS MAIS AMEAÇADOS

Por: Felipe Veiga


 Figura 01 – Macaco-prego-do-peito-amarelo
(Sapajus xanthosternos)
Fonte: http://msalx.viajeaqui.abril.
com.br/
 
 Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente ,http://www.mma.gov.br ,  a maior parte da fauna brasileira em risco de extinção está na Mata Atlântica. A Mata Atlântica vem diminuindo mais a cada dia. Hoje restam apenas 8,5% de uma mata que abrangia 17 estados e se estendia por 1.315.460 km². Essas áreas vêm sofrendo com a intensa exploração e ocupação humana, o que causa a fragmentação dos habitats de vários seres vivos e conseqüente perda da biodiversidade. Mesmo assim, segundo a ONG Conservação internacional, a Mata Atlântica é uma das cinco florestas ameaçadas com maior biodiversidade do mundo. Este bioma é considerado um dos 34 hotspots mundiais – áreas prioritárias para a conservação da sua enorme biodiversidade, do alto grau de endemismo de suas espécies e da grande ameaça de extinção resultante das atividades antrópicas na região.
Além dos problemas já citados, alguns animais sofrem também com o tráfico de animais silvestres. Um exemplo é o Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) que quase entrou em extinção. A Associação Mico-Leão-Dourado, mediante a situação crítica de espécie, começou um programa de reprodução em cativeiro e reintrodução dos primatas na natureza. Em 2013 a população de indivíduos era pouco maior que mil, em pequenas manchas de Mata Atlântica. Apesar dos esforços para a conservação, essa e outras espécies de micos e sagüis (família Callitrichidae) seguem como ameaçados na lista vermelha.
O que dificulta a sobrevivência dos animais é justamente a fragmentação de seus habitats. Mesmo para o Mico-leão-dourado, a possibilidade de recuperação plena da espécie é pequena, já que a Mata Atlântica resume-se a pequenos fragmentos (ilhas de florestas), impossibilitando a comunicação dos animais com outros de sua espécie de fragmentos distintos. Com isso, estamos tendo uma baixa variabilidade genética entre as populações isoladas e um problema muito sério de reprodução consangüínea, que ameaça seriamente a qualidade das populações animais.

Figura 02 – Onça-pintada (Panthera onça) 
Fonte: http://msalx.viajeaqui.abril.com.br

Pelos motivos já citados, a onça-pintada pode até mesmo desaparecer da Mata Atlântica. Alguns pesquisadores estimam que existam menos de 250 animais nesse território, que estão distribuídos em populações isoladas. E as análises moleculares demonstram que o número de animais que estão se reproduzindo é crítico – cerca de apenas 50 animais. Esse número mantém a população com uma variabilidade genética extremamente baixa e perigosa. 


REFERÊNCIAS

SOS Mata Atlântica, “Maior parte dos animais brasileiros em risco está na Mata Atlântica”. Acesso em 2014. Disponível em: <http://www.sosma.org.br/16883/maior-parte-dos-animais-ameacados-esta-na-mata-atlantica/> 

Marigo, L. C., “Um futuro para a Mata Atlântica”. Acesso em: 2014. Disponível em: <http://viajeaqui.abril.com.br/materias/mata-atlantica-animais-conservacao#8

Toledo, K., “Como espécies da Mata Atlântica responderão às mudanças climáticas?”. Acesso em: 2014. Disponível em: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/especies-da-mata-atlantica-mudancas-climaticas-uso-do-solo

Marigo, L. C., “Um futuro para a Mata Atlântica”. Acesso em 2014. Disponível em: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/mata-atlantica-animais-conservacao

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