Do que são feitos os planetas: Parte I

Por Marcos Diego Lopes

A estrutura do sistema solar é organizada pelo Sol, planetas, satélites, asteroides, meteoroides, cometas e poeira zodiacal.

O Sol sendo o seu maior membro, com posição central com sua forte gravidade, forma um conjunto estável e unido.

O conjunto é formado por membros que se movem numa trajetória em torno dele, conhecida como órbita, girando à medida que cada objeto se desloca. Este texto e o próximo abordará a composição da fração planetária do sistema.


Figura 1: Sistema Solar. Fonte: Mayara C. M. Silva

A palavra planeta é de origem grega e significa astro errante, por causa do movimento aparente deles em relação às estrelas fixas da esfera celeste. 

A massa de todos os planetas corresponde a 0,134% da massa do Sistema Solar. Existem:
1- Planetas rochosos interiores;
2- Gigantes gasosos exteriores;

Os planetas interiores – Mercúrio, Vênus, Terra e Marte – são coletivamente conhecidos como planetas rochosos. O nome é inadequado, porque todos são rochosos-metálicos.

Também conhecidos como planetas Telúricos, aqueles que possuem atmosfera. Em todos eles existe uma superfície sólida ou líquida que delimita nitidamente a base da atmosfera. A existência de atmosfera é governada, pela força gravitacional. Corpos de pequena massa, ou não tem atmosfera ou, se tem, ela é tênue. 

As atmosferas dos planetas distinguem-se também pela composição química. Os planetas telúricos apresentam maior abundância de elementos pesados e elevado teor de oxigênio combinado ou livre. 

É importante a distinção entre uma atmosfera primitiva (adquirida diretamente da Nebulosa Solar Primitiva) e uma atmosfera secundária (resultante de alterações químicas ao longo do tempo).

Os planetas rochosos são constituídos de estrutura solida e atmosfera:

-Mercúrio, supõe-se que possui em sua estrutura um núcleo de ferro, um manto de rocha silicática e crosta de rocha silicática. Sua atmosfera é fina e temporária, varia à medida que ela perde gases e é reabastecida. Oxigênio (52%), sódio (39%) e hélio (8%) são os elementos mais abundantes;

- Vênus possui um núcleo interno de ferro e níquel sólidos, um núcleo externo de ferro e níquel derretidos num manto rochoso e uma crosta silicática. A atmosfera tem dióxido de carbono (96,5%), nuvens densas de ácido sulfúrico, além de nitrogênio e traços de outros gases como vapor d’água, dióxido sulfúrico e argônio.

- Terra possui um núcleo central, quente e denso, solidificou-se e consiste em ferro, com pouco níquel. Acima há um manto rochoso sólido e depois uma fina crosta feita de tipos diferentes de rochas e minerais, onde predominam as rochas silicáticas. A atmosfera é uma camada de gás rica em nitrogênio e oxigênio que envolve a Terra. O oxigênio sustenta a vida e no alto da atmosfera forma ozônio, que atua como um escudo contra a radiação solar. Nossa atmosfera é dominada por nitrogênio (78,1%), oxigênio (20%), argônio e traços de outros gases (1%). Apenas a Terra consegue manter água em estado líquido na superfície. Mais perto do Sol, a água ferveria; mais longe, congelaria.

- Marte estruturado por um núcleo pequeno, provavelmente de ferro, manto de rocha silicática e crosta rochosa. Composição atmosférica rica em dióxido de carbono (95,3%), argônio (1,6%), nitrogênio (2,7%), oxigênio, monóxido de carbono e outros gases (0,4%); E existem evidências que pode ter água no estado sólido ou até mesmo no líquido.

Figura 2: Mapa Telúrico do sistema solar (planetas e luas). Fonte: soreeyes

Após o cinturão de asteroides, que é formado por mais de 400 mil destes, surgem os Gigantes gasosos, embora se componham apenas em parte de gás. A superfície visível de todos é coberta por enevoadas atmosferas superiores. Esses planetas serão abordados no próximo texto!

REFERÊNCIAS

FRIAÇA, Dal Pino, SODRÉ, Laerte Jr., JATENCO-PEREIRA, Vera. Astronomia: Uma Visão Geral do Universo - 2ª edição – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.

HORVATH, J. E. O ABCDE da Astronomia e Astrofísica - 1ª edição – São Paulo: Editora Livraria da Física, 2008.

RIDPATH, Ian. Guia ilustrado Zahar astronomia – Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar Editor Ltda, 2007.

http://astro.if.ufrgs.br.htm<acesso 07/2014.

http://soreeyes.org.htm<acesso 07/2014.

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