Conflitos entre Israel e Palestina

POR: ALINE VEIGA

Fonte: http://www.upf.br
Ao ver noticiários de televisão, ou ler jornais e revistas, provavelmente você já deve ter se deparado com reportagens que mostram os conflitos entre Israel e Palestina. Este é um assunto muito presente na atualidade, porém os conflitos na região são antigos, e ocorrem basicamente por disputas pela soberania e poder territorial entre grupos étnicos distintos: árabes e israelenses.

Fazem parte do Oriente Médio os Estados do Iêmen, Omã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar, Afeganistão, Irã, Turquia, Iraque, Síria, Jordânia, Líbano e Israel. Exceto Israel, nestes países a religião predominante é a mulçumana. A região do Oriente Médio denominada Palestina (Palestina não é um Estado-nação) pertencia a Grã-Bretanha, e em 1947 foi partilhada pela ONU em dois territórios: um árabe e um judeu – sendo criado, assim o Estado de Israel. A partir da criação de Israel, nação judaica em território muçulmano, as tensões na região se agravaram.

Figura 01. Atual configuração territorial do Oriente Médio.
Fonte: folha.oul.com.br

A disputa territorial se dá principalmente por regiões consideradas sagradas para as duas religiões, envolvendo questões históricas e culturais. Porém, também há territórios com disponibilidade de recursos naturais, como água e petróleo, além de terras para produção agrícola e fixação da população. Justamente por seus recursos naturais – em específico o petróleo – os conflitos da região sempre tiveram intervenção estrangeira, em decorrência de interesses envolvidos.

Figura 02. Partilha da Palestina proposta pela ONU em 1947.
Fonte: redes.moderna.com.br
Após a divisão do território Palestino, foi criado então o Estado de Israel, que se tornou uma nação independente em 1948. No dia seguinte a sua independência, em maio de 1948, Israel é atacado por algumas das nações árabes de seu entorno: Líbano, Síria, Iraque e Jordânia. O território de Israel resiste ao conflito. Em 1967, no confronto conhecido como Guerra dos Seis Dias, Israel volta a ser alvo de ataques, desta vez a mobilização partiu da liderança egípcia de Gamal Abdel Nasser. Porém, antes dos ataques contra Israel, o Estado judeu atacou Egito e Síria, dominando parte do território da Jordânia (a Cisjordânia) e tomando a Faixa de Gaza (antes controlada pelo Egito).

Em 1973 ocorre outro grande conflito, a Guerra de Yom Kippur, quando Síria e Egito atacam Israel, buscando retomar os territórios conquistados por Israel na Guerra dos Seis Dias. Este conflito durou aproximadamente 20 dias, Israel continuou ocupando os territórios dominados.

Em 1993 é assinado o Acordo de Oslo, e então Israel desocupa a Faixa de Gaza - que atualmente encontra-se sob domínio do grupo islâmico Hamas – e transfere 43% do território da Cisjordânia aos palestinos. O acordo fracassa no ano de 1995, quando o então primeiro ministro de Israel, Yitzhak Rabin é assassinado, o que gera novas tensões na região.

Recentemente, os conflitos voltaram a intensificar-se. Em junho deste ano, três adolescentes israelenses foram tidos como desaparecidos e, dias depois, encontrados mortos. O grupo Hamas (organização palestina, pertencente ao fundamentalismo islâmico), que controla a Faixa de Gaza, foi responsabilizado pelo sequestro e assassinato dos adolescentes. Além deste fato, Israel também alega que o Hamas possui grande arsenal armamentista, por isso, os ataques e tentativas de controle sobre a Faixa de Gaza seriam uma defesa para sua nação.

Já os palestinos alegam que o controle de Israel sobre o território da Faixa de Gaza seria abusivo; e também responsabilizam alguns judeus extremistas pelo assassinato de um adolescente palestino em Jerusalém, no mês de julho. Estima-se que 1900 pessoas foram mortas em decorrência destes últimos confrontos, a maioria civis.

Figura 03. Ataque israelense a região de Shajaya.
Fonte: g1.globo.com



REFERÊNCIAS

DIAZ, Carla da S.; BRAGA, Paula L. A. M. A Geopolítica de Israel. Disponível em <http://alfarrabista.files.wordpress.com/2009/04/a-geopolitica-de-israel.pdf> Acesso em: Ago/2014.

SAMPAIO, Fernando G. Notas sobre o Fundamentalismo Islâmico. Disponível em: <http://www.defesanet.com.br/esge/nsfi.pdf> Acesso em: Ago/2014.

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